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EFEITOS CARDÍACOS E NA PRESSÃO ARTERIAL DA EXPOSIÇÃO AO CHUMBO

Submetido em 22 Dezembro 2016

Resumo

Objetivo: Construir uma revisão sobre os efeitos cardíacos e na pressão arterial da exposição ao chumbo. Método: trata-se de uma revisão narrativa estruturada em três fases distintas: 1) elaboração da pergunta norteadora: “Quais os efeitos cardíacos e na pressão arterial da exposição ao chumbo?”; 2) amostragem na literatura e seleção dos estudos; 3) análise crítica dos estudos selecionados. Resultados: obteve-se o apontamento de diversos aspectos relacionados aos efeitos cardíacos e sobre a pressão arterial da exposição ao chumbo, dentre eles: hipertensão arterial, desregulação autonômica, desregulação da contratilidade miocárdica, aumento da sobrecarga ventricular, aumento da pós-carga e da pressão de pulso. Ainda, as evidências são sugestivas de associação entre exposição ao chumbo e mortalidade por causas cardiovasculares, particularmente relacionada à doença cardíaca isquêmica. Conclusão: os estudiosos pela temática alertam para que a exposição ao chumbo seja arrazoada como um fator de risco cardiovascular

Introdução

O chumbo é um metal tóxico e um poluente ambiental usado na fabricação de baterias, tintas, cerâmicas, cristais, cabos, munições e produtos de alta tecnologia, como protetores de reatores nucleares e finas placas de componentes eletrônicos.1

Apesar de diversos países adotarem medidas para reduzir a emissão de chumbo, a contaminação ambiental, por este metal, ainda se mantém como um problema de saúde pública.2 A Organização mundial de saúde (OMS) estima que 140.000 pessoas morram, a cada ano, devido à contaminação por este metal, além de causar 600.000 casos de perda intelectual em crianças.2

Vários estudos documentaram os efeitos adversos da exposição ao chumbo na população adulta e em crianças.3-5 Crianças jovens são particularmente vulneráveis aos efeitos tóxicos e, em determinadas situações, permanentes, do chumbo, especialmente por afetar o sistema nervoso.6 Em adultos, os estudos apontam uma associação entre a concentração sanguínea de chumbo e desenvolvimento de hipertensão arterial, distúrbios gastrointestinais, assim como disfunções renal e cardiovascular.1,6

Considerando o potencial tóxico do chumbo, o presente artigo busca compilar informações da literatura científica e fundamentar a construção de uma referência acerca da toxicidade cardíaca e os efeitos sobre a pressão arterial na exposição a este metal.

Método

Trata-se de uma revisão narrativa relacionada à toxicidade cardíaca e aos efeitos na pressão arterial da exposição ao chumbo. Optou-se por este tipo de revisão de literatura a qual possibilita a incorporação de evidências por conveniência, por uma expertise na temática, de forma a construir um corpo de conhecimento sobre um determinado tema de relevância científica.

O processo de revisão foi sistematizado em três fases distintas, sendo a primeira delas relativa à elaboração da pergunta norteadora: “Quais os efeitos cardíacos e na pressão arterial da exposição ao chumbo?”. A segunda fase correspondeu à amostragem na literatura, que procurou incluir a maior variedade possível de produtos identificados e garantir a variedade e amplitude dos resultados.

Neste sentido, foi realizada seleção eletrônica nas bases de dados da LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe) e MEDLINE (National Library of Medicine, Estados Unidos). A busca eletrônica foi realizada através das seguintes combinações de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “lead; toxicity; heart; arterial pressure”, e se baseou na adoção dos seguintes critérios de inclusão: a indexação de estudos nas respectivas bases de dados nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram definidos como critérios de exclusão: produções sem disponibilidade do texto na íntegra ou com tema central do estudo não relacionado à temática toxicidade cardíaca e efeitos na pressão arterial na exposição ao chumbo.

A terceira fase desta revisão consistiu na análise crítica dos estudos selecionados. A tomada de decisão quanto à inclusão ou rejeição dos estudos foi baseada na leitura de títulos dos estudos selecionados, seguida pela análise crítica dos resumos, tendo sido rejeitados os estudos com tema central não relacionado à temática proposta para a revisão. Em uma segunda análise, procedeu-se a verificação de conteúdos na íntegra, que foi norteada pela técnica de análise temática para identificação das ideias centrais apresentadas.

 

Resultados/Discussão

Com o intuito de informar e contribuir para análises e debates acerca dos efeitos da exposição ao chumbo, sobre o coração e a pressão arterial, os conteúdos que compõem a revisão foram estratificados nas categorias dispostas a seguir.

– Exposição ao chumbo e hipertensão arterial

Os estudos populacionais dos efeitos cardiovasculares do chumbo estão focados no desenvolvimento de hipertensão arterial, enquanto os estudos com animais experimentais procuram elucidar os mecanismos envolvidos nas alterações cardiovasculares.4,7-12

Diversos estudos clínicos e epidemiológicos apontam uma associação entre a exposição ao chumbo e altos valores pressóricos, no entanto, somente recentemente, foi demonstrado que a concentração sanguínea de chumbo inferior aos limites considerados seguros à saúde humana13, 14 ou a exposição a uma única dose do metal15 são capazes de elevar a pressão arterial sistólica de animais experimentais.

Acredita-se que a patogênese da toxicidade do chumbo no desenvolvimento da hipertensão arterial seja multifatorial, por: alterar a homeostasia do cálcio;9,14,16 promover hiperatividade simpática;14,17 induzir aumento de atividade do sistema renina-angiotensina;15,18 deprimir as reservas antioxidantes do organismo e/ou aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) resultando em estresse oxidativo;7,19,20 alterar a resposta vascular frente a agentes vasoativos;13,21 promover danos endoteliais,  reduzir a biodisponibilidade do óxido nítrico e aumentar os níveis de endotelina;11,22 além de induzir danos renais.23

– Exposição ao chumbo e desregulação autonômica

O desbalanço autonômico, caracterizado pela hiperatividade do sistema simpático e hipoatividade do sistema parassimpático, está associado com várias condições patológicas que podem favorecer o surgimento ou agravar as doenças cardiovasculares.24-28 Alguns estudos clinicos e animais têm focado no sistema simpático como um possível mediador da hipertensão e das doenças cardiovasculares induzidas pela exposição ao chumbo.

GUMP et al,25 estudaram a resposta cardiovascular ao estresse agudo em crianças expostas a baixas concentrações pré-natais de chumbo e a baixas concentrações deste metal durante a infância. Estes autores mostraram que as maiores concentrações sanguíneas de chumbo estão associadas às maiores pressões sistólicas e ao aumento da resistência vascular periférica e, consequentemente, ao aumento da sobrecarga cardíaca. Ainda, a concentração sanguínea de chumbo foi associada à redução do volume sistólico e do débito cardíaco, respostas estas, associadas à redução na desregulação autonômica cardíaca.26

Estudando adultos, PARK e colaboradores demonstraram que pessoas expostas cronicamente ao chumbo podem ser mais sensíveis à disfunção autonômica cardíaca.27,28 Em animais experimentais, a hiperatividade simpática e suas consequências inotrópicas e cronotrópicas, na exposição ao chumbo, já estão bem documentadas.9,14,17 A elevação da norepenifrina plasmática e a redução da densidade dos receptores β-adrenérgicos são os dois mecanismos mais bem relatados na interferência na regulação autonômica da exposição ao chumbo.

– Exposição ao chumbo e elevação da pressão de pulso

A exposição crônica ao chumbo está associada ao aumento da pressão de pulso, um marcador de rigidez arterial e um indicador de doenças cardiovasculares. ZANGH e colaboradores29 estudaram 619 participantes do “Normative Aging Study” nos Estados Unidos da América e demonstraram que o polimorfismo do gene H63D da hemocromatose (que pode alterar a deposição de chumbo e, consequentemente, seu efeito cardiotóxico), aumentam a susceptibilidade aos efeitos deletérios do chumbo na pressão de pulso. O alargamento da pressão de pulso está atribuído à progressiva rigidez arterial e à consequente alteração na estrutura e função vascular com degradação da elastina, aumento do colágeno, calcificação e aterosclerose. Efeitos estes possibilitados por mecanismos pró-oxidativos ou pró-inflamatórios, que ocorrem na exposição ao chumbo, uma vez que o chumbo induz estresse oxidativo e este pode promover danos diretos nos diferentes órgãos e sistemas, inclusive no próprio coração.30 Os mecanismos pelos quais o chumbo induz estresse oxidativo incluem a peroxidação lipídica nas membranas, os danos no DNA e no sistema antioxidante do organismo resultando na maior geração e/ou disponibilidade de radicais livres.7,21,31

– Exposição ao chumbo e distúrbios na contratilidade miocárdica

Vassallo et al,32 estudaram preparação de tiras isoladas de ventrículo direito submetidas à exposição aguda ao chumbo, registraram redução da força isométrica e apontam o chumbo como um fator de risco capaz de alterar o funcionamento cardíaco. Posteriormente, Fioresi et al,9 investigaram os efeitos agudos do chumbo na contração isométrica de músculos papilares isolados do ventrículo esquerdo de ratos e demonstraram que o aumento da pressão ventricular, induzida pela exposição aguda ao chumbo, possui, além do envolvimento vascular, alterações diretas na contratilidade miocárdica.

Fioresi et al,14 mostraram que uma concentração sanguínea de chumbo, inferior aos limites considerados seguros, resulta em aumento da pressão arterial, da FC e do inotropismo ventricular esquerdo, além de promover alterações no ciclo de cálcio do cardiomiócito, o que pode contribuir com os efeitos deletérios deste metal no coração.

A figura 1 esquematiza os mecanismos pelos quais o chumbo, no modelo de tratamento utilizado por Fioresi et al,14 altera o ciclo de cálcio no cardiomiócito: há maior influxo de cálcio transarcolemal, entretanto este maior influxo não resulta em inotropismo positivo, uma vez que a bomba de cálcio do retículo sarcoplasmático (SERCA 2) encontra-se dessensibilizada e o trocador sódio-cálcio (NCX) promove a extrusão destes íons da célula.

fig4

Figura 1: Mecanismo proposto pelo qual a exposição ao chumbo altera o ciclo de cálcio no cardiomiócito. 1: O chumbo promove maior influxo de cálcio transarcolemal; 2: Há aumento da [Ca]i; 3: Há dessensibilização da SERCA 2 e menor recaptação de cálcio; 4: Consequentemente, o aumento da [Ca]i ativa o NCX a remover o cálcio citosólico; 5: O aumento da atividade do NCX resulta em aumento da [Na]i, que por sua vez, ativa a NKA.

- Exposição ao chumbo e mortalidade cardiovascular

Diversos estudos associam a concentração sanguínea de chumbo à mortalidade. Weisskopf et al,33 estudaram 868 homens participantes do “Normative Aging Study” nos Estados Unidos da América e encontraram uma associação entre o conteúdo ósseo de chumbo e a mortalidade cardiovascular na população exposta cronicamente a baixas concentrações sanguíneas deste metal. Esta associação entre exposição ao chumbo e mortalidade por causas cardiovasculares está, particularmente, relacionada à doença cardíaca isquêmica.34 Apesar de a doença isquêmica cardíaca ser multifatorial, a exposição ao chumbo pode representar um fator de risco que contribua para este desfecho.34

São vários os efeitos cardiovasculares deletérios desencadeados pela exposição ao chumbo que, em associação, podem culminar no aumento da mortalidade cardiovascular.4 Dentre esses efeitos, estão: interferência na contratilidade cardíaca9,14,32 aumento do tônus vascular e da resistência periférica;19 estimulação do sistema renina-angiotensina;15,18 redução na disponibilidade de óxido nítrico e aumento do estresse oxidativo;13,35 interferência no controle autonômico cardíaco.36

Conclusão

O chumbo possui efeitos tóxicos sobre o coração e a exposição a este metal pode ser considerada um fator de risco cardiovascular, uma vez que vários estudos apontam uma relação causal entre esta exposição e o desenvolvimento de hipertensão arterial.

Há evidências suficientes de que a exposição crônica ao chumbo possui efeitos deletérios cardíacos por afetar a regulação autonômica e promover sobrecarga ventricular, por aumentar a pós-carga e aumentar a pressão de pulso. Ainda, as evidências são sugestivas de associação entre exposição ao chumbo e mortalidade por causas cardiovasculares, particularmente, relacionada à doença cardíaca isquêmica.

Embora haja necessidade de novas pesquisas, especialmente clínicas e epidemiológicas para que se esclareçam os efeitos e os mecanismos envolvidos com a cardiotoxicidade do chumbo é fundamental que os Órgãos Públicos responsáveis façam uma releitura dos valores seguros de exposição e que a investigação da exposição a este metal seja incluída como rotina na investigação cardiovascular, especialmente em trabalhadores ocupacionalmente expostos ao chumbo.

 

Referências

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Autores

Mirian Fioresi1; Maylla Ronacher Simões2; Karolini Zuqui Nunes3; Jonaína Fiorim4; Edna Aparecida Almeida5

1Doutora em Ciências Fisiológicas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Espírito Santo, PPGCF-UFES; Professora do Departamento de Enfermagem, UFES, Brasil.

2Doutora em Ciências Fisiológicas pelo PPGCF-UFES; Pós-doutoranda do PPGCF-UFES.

3Mestre em Ciências Fisiológicas pelo PPGCF-UFES; Doudoranda do PPGCF-UFES.

4,5Doutoras em Ciências Fisiológicas pelo PPGCF-UFES; Fisioterapeutas do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, HUCAM.

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